terça-feira, 9 de março de 2010

REAÇÕES

"...olharão para aquele a quem traspassaram;"

(Zacarias 12.10)


 

Na última semana, um cantor britânico esquecido pela mídia decidiu fazer polêmica através de declarações sobre a vida sexual de Jesus Cristo e assim voltar aos noticiários. Sempre que alguma "celebridade" faz comentários sobre Jesus os jornais publicam e as pessoas leem atentamente. Na verdade, isso é a prova de que é praticamente impossível ficar indiferente diante da pessoa de Cristo.

Como profetizado por Zacarias, o "profeta messiânico", uma verdadeira multidão esteve presente ao espetáculo macabro da crucificação. De forma interessante, os escritores dos evangelhos se interessaram pelas diferentes reações das pessoas. Os soldados o consideraram como alguém insignificante, um criminoso a mais, uma tarefa "simples": crucificar. E, vendo que Ele tinha um único pertence, uma túnica, se puseram a disputar quem seria o novo dono.

Aqueles que passavam balançavam suas cabeças, blasfemando, considerando Jesus um impostor, que merecia estar ali pelas suas idéias.

Os mestres da lei, satisfeitos com a aparente vitória, riam, zombavam, exigiam um milagre final para que eles pudessem crer.

Havia aqueles que choravam, com pena daquele inocente crucificado.

Hoje, Jesus também é observado e julgado de acordo com as convicções de cada um. Dependendo do observador, Jesus Cristo pode ser um revolucionário, um mestre de moral, um espírito iluminado, um filósofo, um homem compassivo. Cada uma dessas visões atende aos interesses de algum grupo.

Mas a chave para a compreensão da crucificação está na profecia de Zacarias: quem traspassou Jesus? Nós. Não foi uma decisão das autoridades, uma conspiração contra Jesus. Na verdade, pelos nossos pecados é que Ele foi moído (Isaías 53.8). Através desse sacrifício, Aquele que nunca cometeu pecado recebeu toda a carga do nosso pecado para que assim pudéssemos ser declarados justos diante de Deus, pela fé (2 Coríntios 5.21).

Nossa reação deve ser como a do centurião que comandava a cena: ao ver o modo como Jesus enfrentou Sua morte, e o que Ele disse na cruz, ele concluiu: "Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus" (Marcos 15.39).

Qual sua reação diante da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo?

segunda-feira, 1 de março de 2010

PARA A GLÓRIA DO SENHOR


 

"Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a Minha casa continua destruída? " (Ageu 1.4)


 

Após setenta anos de cativeiro na Babilônia, os judeus foram enviados de volta a Jerusalém, por ordem do rei Ciro, no ano 536 a.C. Assim que chegaram lá, começaram a oferecer sacrifícios a Deus, agradecendo a pela Sua grande fidelidade. Afinal, os setenta anos eram o cumprimento da profecia de Daniel. Também começaram a construir um templo, erguer os muros da cidade e reconstruir suas casas. Passados 16 anos, as moradias do povo estavam prontas, mas o templo continuava ainda nos alicerces. Por essa razão, Deus envia uma mensagem que se torna o livro escrito pelo profeta Ageu.

É possível observar o comportamento daqueles israelitas dos tempos de Ageu e condená-los rapidamente. Afinal, que gratidão a Deus era essa de um povo que estava exilado e, que após tão pouco tempo do retorno a Jerusalém já tinham se esquecido de Deus? O templo ainda no chão e todos morando confortavelmente ao redor?

Essa é uma tendência perigosa também para os cristãos do século XXI: o envolvimento com a vida. Aqueles homens e mulheres não estavam fazendo nada pecaminoso: trabalhavam, construíam suas casas e cuidavam de suas famílias, ou seja, coisas agradáveis aos olhos de Deus. Do mesmo modo que os cristãos de hoje.

Por outro lado, o envolvimento com as preocupações do dia-a-dia, com o trabalho, com tudo aquilo que precisa de nossa atenção pode trazer conseqüências graves. Esquecemos que tudo que possuímos não é derivado do nosso esforço, mas é graça de Deus. Passamos a achar que Deus nos deve Sua bondade e nos esquecemos de agradecê-lO. Esquecemos que fomos criados com o objetivo de glorificar a Deus através da nossa vida.

O resultado de tudo isso? Oramos pouco, pregamos menos ainda, vamos à igreja como um mero compromisso dominical, estamos cansados demais para ir à escola dominical, dízimos e ofertas negligenciados, vida devocional fraca, vida sem Bíblia e sem testemunho. Trabalhamos sem parar, vivemos nossas vidas e a obra de Deus fica abandonada.

Que espaço a obra de Deus tem ocupado em sua vida? É justo que o Autor da vida, o Deus misericordioso que lhe concede todas as coisas fique apenas com as migalhas do seu tempo, dos seus talentos e dos seus recursos?